A cidade de Imbituba, no Sul de Santa Catarina, enfrenta uma onda de envenenamentos de cães, acompanhada de episódios de violência contra protetores de animais. Os casos, registrados em bairros distintos, mobilizam autoridades e moradores preocupados com a impunidade e a frequência das ocorrências.
Cristiano, protetor há mais de uma década, relatou que encontrou cães sob seus cuidados em estado grave, com focinhos espumando. Devido a reformas em sua residência, ele havia instalado um abrigo improvisado com paletes entre os butiazeiros do outro lado da rua, que já foi destruído quatro vezes. “Eles estavam sob meus cuidados, mas, devido à uma obra na casa, montei um pequeno abrigo do outro lado da rua, para mantê-los aquecidos”, afirmou. Atualmente, os animais estão dentro da casa dele, que passa por reformas.
A cultura violenta de eliminação de cães e gatos abandonados ou comunitários, segundo relatos, atinge também quem os acolhe. Protetores voluntários relatam sofrer discriminação, preconceito e até agressões físicas. “Me agrediram por eu dar água para os cães de rua. Meu irmão, inclusive, foi agredido por um lutador de jiu-jitsu só pelo fato de cuidar dos animais”, contou Cristiano.
O envenenamento de animais é crime ambiental, previsto na Lei Federal nº 9.605/98, com pena de reclusão de dois a cinco anos, além de multa. Casos de maus-tratos, abuso ou mutilação de animais devem ser denunciados à polícia ou aos órgãos de proteção.
A Prefeitura de Imbituba acompanha os casos por meio do Centro de Bem-Estar Animal e informa que todas as medidas legais estão sendo tomadas, incluindo registro de boletim de ocorrência, visitas da Vigilância Sanitária a agropecuárias e comunicação com a Polícia Civil. A administração municipal reforça o pedido de denúncias por parte da população, que podem ser feitas pelo 190 ou via aplicativo Rever.
Com informações do Portal AHora