segunda-feira, 8 setembro 2025

Paulo Odilon Xisto Filho é condenado a 12 anos de prisão por feminicídio de Isadora em Imbituba

Após mais de sete anos, júri reconhece homicídio qualificado; condenado perdeu cargo público e foi levado ao presídio.
Foto: Divulgação

O Tribunal do Júri de Imbituba condenou, na madrugada desta sexta-feira (5), Paulo Odilon Xisto Filho a 12 anos de prisão em regime fechado pelo feminicídio de sua namorada, a modelo gaúcha Isadora Viana Costa, de 22 anos. O julgamento durou mais de 30 horas e foi realizado ao longo de três dias no Fórum da Comarca.

O crime ocorreu em 8 de maio de 2018, e a sentença foi proferida mais de sete anos depois. Além da pena de prisão, Paulo também perdeu o cargo público que ocupava. O pedido de recorrer em liberdade foi negado, e ele foi encaminhado ao presídio para início do cumprimento da pena.

O Conselho de Sentença acatou a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) e considerou comprovado que o réu matou a vítima com socos, chutes e joelhadas. Laudos periciais descartaram a hipótese de overdose, sustentada pela defesa, e confirmaram trauma abdominal como causa da morte.

Foto: Tribunal de Justiça de Santa Catarina

O Promotor de Justiça Geovani Werner Tramontin afirmou que a decisão reafirma a defesa da vida e dos direitos das mulheres: “Foram dois dias exaustivos, são mais de cinco mil páginas de processo para estudar, mais de 50 horas de vídeo, um júri de estudo exaustivo e de trabalhos exaustivos. Mais uma vez o Ministério Público cumpriu com a sua função de defesa da vida e também em defesa das mulheres nesse crime de feminicídio”.

Familiares acompanharam as sessões no salão do júri, que esteve lotado. A irmã gêmea da vítima, Mariana Viana Costa, declarou: “A Isadora era a minha melhor amiga e eu nunca mais vou poder ter ela na minha vida. Isso que a gente lembra todos os dias. Uma dor que vai ficar para sempre”.

O pai, Rogério Froner Costa, disse que a sentença trouxe algum alívio: “Contente eu não vou estar, mas com a consciência aliviada, o coração um pouco mais leve para tentarmos recomeçar”. Já a mãe, Cibelle, destacou: “Minha dor nunca mais vai embora, vou conviver o resto da vida com a falta da minha filha, mas o nome e a história dela foram honrados”.

Amigas da jovem relataram durante o julgamento que Isadora vivia em constante medo do comportamento do acusado. Delegados e peritos confirmaram os elementos que embasaram a condenação.

Família de Isadora | Foto: Redes Sociais

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