sexta-feira, 5 setembro 2025

Caso Isadora Viana: julgamento em Imbituba avança para fase de interrogatório do réu

MPSC pede condenação por homicídio triplamente qualificado; defesa sustenta overdose como causa da morte.
Foto: Tribunal de Justiça de Santa Catarina

O primeiro dia do julgamento de Paulo Odilon Xisto Filho, acusado de matar a namorada Isadora Viana Costa, de 22 anos, em 2018, durou mais de 13 horas e ouviu nove testemunhas. A sessão começou às 8h de quarta-feira (3), no Fórum da Comarca de Imbituba, e se estendeu até as 22h.

Nesta quinta-feira (4), os trabalhos foram retomados às 9h com a oitiva de outras testemunhas. O interrogatório do réu aconteceu no período da tarde, seguido pelos debates entre acusação e defesa, com uma hora e meia para cada parte, podendo haver réplica e tréplica. O julgamento deve se estender até sexta-feira (5).

O Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) sustenta a acusação de homicídio triplamente qualificado — por motivo fútil, uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima e feminicídio —, além de fraude processual e posse ilegal de acessório de uso restrito. Segundo a denúncia, Isadora foi morta dentro da casa do então namorado após ser agredida com socos, chutes e joelhadas.

Oficial de cartório Paulo Odilon Xisto Filho acusado de matar Isadora Viana Costa | Foto: Divulgação

De acordo com os autos, após o crime, o acusado teria tentado simular uma convulsão, adulterar a cena e ocultar provas com auxílio de uma amiga. Durante buscas, foram apreendidas drogas, armas, munições e uma mira a laser de uso restrito.

O julgamento é acompanhado por familiares e pela comunidade. O pai de Isadora, Rogério Froner Costa, disse durante a sessão: “Eu não gostaria de estar aqui nessa circunstância, mas nós estamos aqui também por isso, em defesa da vida de todas as mulheres”.

A advogada da família, Daniela Felix, afirmou que a morte e os mais de sete anos de espera pelo júri despedaçaram os parentes da vítima. A defesa de Paulo, representada pelos advogados Aury Lopes Jr. e Ércio Quaresma, nega o crime e mantém a tese de overdose como causa da morte.

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