quarta-feira, 5 fevereiro 2025

Prefeitura de Imbituba se pronuncia sobre a Operação Castelo de Barro

Investigação apura supostas fraudes em licitações com desvios milionários na compra de saibro.
Foto: Polícia Civil SC

A Prefeitura de Imbituba divulgou, nesta quarta-feira (8), um pronunciamento oficial sobre a Operação Castelo de Barro, conduzida pela Polícia Civil nas cidades de Imbituba, Imaruí e Garopaba. A operação investiga supostos crimes em processos de licitação, com cumprimento de dois mandados de prisão preventiva, sete de busca e apreensão e o afastamento de um servidor público.

Em nota, a administração atual destacou que os fatos investigados remontam ao período de julho a outubro de 2024, sob a gestão anterior. Durante esse intervalo, houve um aumento expressivo na aquisição de saibro pelo município, com a entrega registrada de 21 mil metros cúbicos de material em apenas três meses, quatro vezes mais que o consumido em períodos anteriores. A quantidade de saibro fornecida também foi apontada como irregular pela polícia, que verificou que apenas três cargas eram efetivamente entregues para cada dez faturadas.

O prefeito Michell Peninha afirmou que a nova gestão apoia integralmente as investigações e reforçou o compromisso em combater a corrupção e responsabilizar servidores envolvidos em práticas inadequadas. “Ações como esta são fundamentais para a transparência da gestão pública”, declarou o prefeito, ressaltando a importância de colaborar com os órgãos competentes.

As irregularidades foram detectadas inicialmente em outubro de 2024, quando a polícia observou movimentações atípicas na compra de saibro. Em comparação, durante os 12 meses de 2022, foram consumidos cerca de 11 mil metros cúbicos de saibro, enquanto em 2023 o volume caiu para 5 mil metros cúbicos. O desvio apurado no esquema é estimado em R$ 1,05 milhão.

Segundo o delegado Nicola Patel Filho, as operações continuam a aprofundar a apuração dos desvios e a responsabilização dos envolvidos. “Nós observamos que durante a contratação de 12 meses em 2022, o município consumiu cerca de 11 mil metros cúbicos de saibro ou barro. Em 2023, foram 5 mil metros. Já em 2024, em pouco mais de três meses, foram consumidos cerca de 21 mil metros cúbicos, ou seja, quatro vezes mais do que no período anterior de 12 meses”, explicou o delegado.

A Prefeitura de Imbituba reafirmou que mantém uma postura de transparência e está à disposição para quaisquer esclarecimentos ou colaborações com as investigações.

Nota da prefeitura de Imbituba na íntegra:

“A nova gestão municipal informa que está ciente dos desdobramentos da Operação Castelo de Barro da Polícia Civil, realizada na manhã desta quarta-feira (08) nas cidades de Imaruí, Garopaba e Imbituba.

A Operação que apura supostos crimes na execução de licitações, cumpriu dois mandados de prisão preventiva, sete de busca e apreensão e o afastamento de um funcionário público.

Vale ressaltar que, segundo a polícia, os fatos ocorreram em outubro de 2024, momento em que foram observadas movimentações atípicas na aquisição de saibro durante a antiga gestão do município.

O prefeito Michell Peninha afirma que ações como esta são de extrema importância para a transparência da gestão pública e que coloca a nova gestão à disposição na colaboração das investigações. O prefeito declara ainda que a postura, a partir de agora, será a de combater a corrupção e responsabilizar os servidores que tiverem condutas inadequadas.”

Significado do nome da operação

O nome “Castelo de Barro” refere-se ao volume de saibro supostamente adquirido e desviado, correspondente a 1.840 caminhões, totalizando 22.080 metros cúbicos, que poderiam formar uma estrutura equivalente a um “castelo de barro”.

Buscas ocorreram em residências e na sede da empresa em Imaruí | Foto: Polícia Civil SC

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